sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Saudade



Enquanto ansiosamente espero a sua chegada, rabisco a lápis estas palavras. Neste minutos que passo sem sua voz, torturo meus olhos com fotografias suas que só me trazem saudade. Embebedo-me nas lembranças, a água que lenta cobria seu corpo que horas turvo, horas nítido me causa inveja e uma vontade louca tocar-lhe a carne como uma esponja. Sugando-lhe o cansaço de uma noite mal dormida, observando seu corpo alvo pude sonhar...
Ansiosamente vivo a espera de um sorriso que vem com as piadas temporárias, algumas que sei lá porque; você faz questão de não entender, o ciume inevitável torna ainda mais atraente nossas tardes, noites, madrugadas... manhãs não! Pela manhã dormimos e sonhamos...
Enquanto ansiosamente espero a chegada de um novo dia, sonho com a macieis de sua pele, o poder intrigante do seu sorriso e a misteriosa forma que tens de mandar e me fazer obedecer. Afinal, quando os olhos pela derradeira vez se cruzaram, eu nada mais era que...
Devo guardar a noite em minha maleta? Pretende usar as estrelas que busquei? Pouco me importa as confeiteiras, as suas amigas, as noites mal dormidas...
Buscando encontrar um céu de borboletas, encontrei uma pequena borboleta no céu. Uma fragil borboleta, uma borboleta que pede socorro, carinho, amor... Mande embora todos os presentes na casa e faça comigo o amor que já mais ousou fazer.
Enquanto ansiosamente espero a sua chegada, rabisco a lápis estas palavras. Neste minutos que passo sem sua voz, torturo meus olhos com fotografias suas que só me trazem saudade. Embebedo-me nas lembranças...
Que falta faz a sua voz nestes minutos.



Richard Goulart

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Recomeço...


Tentei no sol buscar a lua para te entregar, no espaço pude contemplar o vôo suave das borboletas rosa e grená. Tentei de azul tingir os verdes campos e de verde, o cinza duro das cidades atribuladas . Viajei no colo do tempo para te trazer a juventude gasta pela dor, montei em grandes unicórnios para lhe provar que o impossível não existe, que só é triste quem ainda não provou a alegria do orgasmo, o frescor da cachoeira, a beleza da paisagem e a brisa das montanhas.Tentei na lua buscar o calor das estrelas, tentei trazer em minhas malas as nossas historias, nossos sonhos, os lugares onde passamos. Em busca de um olhar que nos compreenda, trouxe a ti as minhas duvidas, minhas queixas, meu temores.... Em busca de um olhar que nos compreenda, trouxe a ti a minha infância, meu delírios, meu amores... Em busca de um olhar, trouxe a nós a dúvida, os fetiches.Olhando as pradarias destes nossos corações, vemos que nada sobrou, que tudo o que temos são músculos cardíacos, pastos que alimentam os fantasmas da alma. Os fantasmas da ilusão...Tentei no sol buscar a lua para te entregar, no espaço pude contemplar o vôo suave das borboletas rosa e grená.

Richard Goulart

Acaso?




E pensar que outro mágico podia estar em meu lugar, e pensar que por um segundo não encontraria belos olhos.E pensar que outro mágico esteve em meu lugar, e que por sorte ou por azar não foi feliz como fui eu. E pensar que outro mágico queria estar em meu lugar...Hoje acordei eu fórico, ouvi em meu coração o som, de sua voz... será sonho, ou realidade? Será acaso? Ao tocar sua pele ainda que com medo, tive a no salivar de minha canalhice o sabor de seus beijos, a suave sensação de que por um segundo seria minha. Mesmo que por um segundo, não pergunte sobre meus desejos, posso te assustar, não pergunte por minhas intenções posso te decepcionar, não pergunte para quem escrevi está poesia... certamente não foi pra você.E pensar que outro mágico...Hoje tive a certeza de que quero você em meus braços, seus carinhos são fonte de desejo, seus olhos de inspiração. Ao tocar sua pele ainda que com medo, tive a clara certeza da maciez de sua alma e no salivar de minha carência o gosto do seu afeto, a suave sensação de que por um segundo seria seu. Mesmo que por um segundo, não pergunte sobre meus desejos, posso te surpreender, pergunte por minhas intenções talvez eu possa te fazer feliz, não pergunte para quem escrevi está poesia... certamente foi pra você.





Richard Goulart

Dez Minutos


Você tem 10 minutos para me falar do seu amor...Queria poder escrever belas coisas, algo que se pudesse vender, algo que pudesse comover...a primeira poesia que li foi a sua. Nunca tive saco pra ler essas coisas. Juro pra você... daí conquistador profissional propõe um jogo onde a ferida serei eu. Jogo onde as cartas estão marcadas, onde as mãos são mais rápidas que os olhos.O que você faz com tantas letras musicais? - Não sabe escrever suas próprias frases, tem que copiar do outros? Noutro lugar onde as paisagens são montanhas de chocolate e as nuvens são de algodão-doce, buscamos respostas para o que há de vir.Não sei escrever, mas sei perceber quando uma bela poesia aparece. Não me peça para falar de meu amor. Me travo completamente quando acontece algo parecido, uma vez ao cantarolar algo que eu sabia que seria capaz de te tocar, gritei: - “Pensou que fosse pra você é?” Certamente era, mas pra que dizer?Queria poder escrever belas coisas, algo que se pudesse vender, comover, demostrar meu amor com belas canções. Diz a mim do seu amor, mas não pergunte nada do meu. Me diga frases compridas, não gosto desse "ok". Parece um corte. Fale-me dos seus sonhos, mas pelo amor de Deus... esqueça de perguntar os meus. Não ouse perguntar se te amo. Afinal, somos apenas bom amigos...Pelo menos por enquanto!Nossa! Que linda essa música que me mandou, você quem escreveu?Você dormiu? Seus 10 minutos já passaram...



Richard Goulart

Imperfeitos


Somos imperfeitos pedaços de carne, sobras de erros que acumulamos. Pedaços que fortalecem a muralha da alma, mas que não devem jamais endurecer o coração. Imperfeitos pedaços de carne...

Richard Goulart

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Amarelas



Margaridas amarelas para alguém que ama, sorri e sente medo...
Margaridas amarelas, para alguém que quer brincar de bem-me-quer, margaridas amarelas como quindim, como o sorriso de quem não sabe o que dizer quando se espanta. Ao som de vozes descompassadas dela surpresa, pude observar olhos que me fitavam com temor, com desconfiança.
Entre olhares que secavam outros olhares, pude compreender a beleza que existe no silêncio, no tempo, na admiração. Um sorriso de lado, um pouco de cuidado...
A ti pequeno quindim, dedico todas as minhas singelas palavras, meu desejo de te fazer sorrir, as margaridas,as tardes entre feridas numa sala fria, aquecida por seus olhos e balas de café. Guardo seu sorriso em aço brilho em minha estante, para nas madrugadas sonhar, sonhar, sonhar...
Margaridas amarelas como quindim, para alguém que ama, sorri e sente medo...
Margaridas,


Richard Goulart

sábado, 4 de outubro de 2008

Traquinagem



Fui sim um menino peralta da baixada. Corridas de carrinho de rolimam na ladeira, Soltar pipa no cemitério, tocar campainha... Tinha um senhor na 25 que me queria atirar sal... Tenho saudades da minha infância que passou num piscar de olhos. A mamadeira e a chupeta se foram com minha entrada no pingo de gente, colégio hoje extinto... Saudades das tias do C.A.. Das molecagens no corredor do cruzeiro, onde jogávamos bola de gude mesmo sem autorização. Volto nostalgicamente a falar do arquiteto, o senhor tempo. Senhor das horas, dos dias, de nossas vidas. Rick meu primeiro cachorro se foi com um bife envenenado. Mas o tempo guardou suas lembranças.
Hoje depois do serão laboral, pude então escrever estas linhas que ficarão para a história. O dedão em carne viva era o que restava ao fim de um dia puxado em Duque de Caxias...
Eramos felizes, e como sabíamos!!!!
Richard Goulart

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Arquitetura



O universo conspira em muitas coisas, na mudança do tempo, na rotação da Terra, na posição da lua, nos raios solares e na afinidade entre as pessoas. O tempo é o arquiteto da alma, é o profissional responsável pelo projeto, supervisão e execução de nossos sonhos. Cuida do urbanismo de nossas amizades, do paisagismo de nossas vidas e do designer de nossas escolhas.
A amizade arquitetônica, refere-se à arte ou a técnica de projetar e edificar nas pessoas em que admiramos, um carinho que não se pode colocar em uma prancheta. Que não caberia em nenhum ambiente por maior que fosse sua metragem...
Algumas pessoas passam em nossas vidas como uma tempestade, danificam nossas lembranças e destroem o pomar de nossas esperanças, outras passam como chuva fina; lavam nossas almas e frutificam as arvores de nossos campos. Mas amigos de verdade são como as quatro estações, estão presentes o ano inteiro, mesmo que não percebamos ou que o tempo, rotação da Terra, posição da lua e os raios solares nos façam desviar de alguma forma nossa atenção.
Um dia, o velho arquiteto senhor tempo me disse: “A melhor forma de transformação dos seres humanos é a amizade, é nela que transformamos o óbvio em poesia, as letras em canções, e quadros em paisagens. A amizade é tudo que nos sobra, quando nada mais nos resta”


de Jô para Layla
Por, Richard Goulart

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Seu sorriso...


Que segredos guardas-tu? Que tem seus olhos a me contar?
Tantas noites, tantos beijos ensaiados, tantos gracejos decorados, tantos carinhos para trocar...
Do que sorri bela moça, pode me contar? Que segredos guardam seus olhos?
Enquanto aguardo seus beijos e espero seus abraços, fito a tela que trás mensagens subliminares... Sei que está ai...decisão...Mostra o rosto, me encanta!Faz de mim o seu pomar. Experimenta em mim os sabores, deixa o tempo nos guiar...
Que segredos tu guarda, branca e bela como o luar?
Diz a mim a quem tu ama, diz-me então o que esperar... diz a mim formosa moça, será que posso te amar?
Que segredos tem guardados?
- Seus olhos causam em mim um arrepio que não sei explicar, ao te ver então pude constatar a beleza outrora estática, agora viva. Seu abraço... ah, o seu abraço.
Por um momento achei que fosse a ultima vez, mas agora olhando em seus olhos... vejo que ainda nem começamos,
Que segredos tem guardados?
Richard Goulart